Silêncio

Shhh...

Silêncio...

Meu coração dorme!

Um sono terno e doce...com de uma criança.

Dorme, coração, envolto pelos caprichos do tempo,

sonha de novo os doces sonhos que ainda não vieram,

doces sonhos que a juventude tratou de sonhar...

Descansa, inquieto coração, tão suavemente ressona em paz...

Tolo coração, silencia teus gritos impulsivos, torna-se de novo meu refúgio de calmaria.

Pobre coração, apaga as tormentas e calmamente permaneça assim, quietinho, quentinho, no colo de mim mesma...e assim fica, por dias, por anos, por eternidades...

Chega de saltos mortais e ondas enormes...no fim das contas, nada paga a delícia de um bom sono!

Fecha os olhos, meu coração, que pela primeira vez aprendeu (aprendemos) a fazer o que era certo...Sorri, dormindo, meu bobo coração...que desta vez, tranquilidade não é sinônimo de reciprocidade...

Dorme, coração, dorme...

Dark Vampyrah 31/10/2001

(Coincidentemente no dia de Carlos Drummond de Andrade S2)

" Tranquei a porta dos fundos

para que os mundos não fujam por lá.

Já se foi muito tempo

(volta?)

Ao longe se perdeu

(acha?)

e eu aqui sinto saudades...

não porque foi...

Mas porque um dia

eu fui!!

Dark Vampyrah 07/10/2011

"Por que hoje a única coisa que vou chorar é a sua morte dentro de mim!"

"As coisas parecem se mover

(ou não),

delírios dos olhos cansados

de olhar o nada

(ou tudo)

de um vazio preenchido de

excesso de dualidade.

Dois lados, dois seres

(dois pares?),

lá se vão os ares

e fico eu novamente

a olhar

o não movimento

estático...

Ir e vir, tão longe vão,

não são

tão reais.

Sonho assim,

de olhos abertos,

por desconhecer-te,

conheço mais a mim!"

D.V.

Auto-anatomia

Corre debaixo da pele,

serpenteia pelas artérias,

vaza pelos poros,

sufoca...

Indeterminante

adrenalina,

os olhos cerrados

não brilham mais

por (para) ti...

Não serão teus os desejos,

nem mesmo fagulhará o fogo

aos teus encantos.

De súbito,

suspira (respira),

sorri (delira),

desfalece.

D.V.

(Depois de ler Kafka, senti saudade de me matar de novo dentro de mim...)

Voltando para as coisas das quais eu nunca deveria ter fugido....

"Substância paleativa....

e tuas desculpas

não sinceras

a fizeram radioativa...

libera partículas

fantasmas

no meio tempo

de uma vida!

Artificialmente,

achei natural

que o efeito colateral

deixou de surtir efeito..." D.V.

"...

Nunca pensei em me vacinar contra

decepções...

Mas suture a leve ferida,

três pontos

(de convergência)

bastam...

Se não vale o diagnóstico,

me receite

novamente

o direito de sonhar!

Porque afinal,

o que seus atos não dizem

meus olhos não sentem!"

D.V.